Acho interessante a abordagem de Maturana e Varela. Acredito que existam algumas divergências em minha visão sobre o ser humano e seu contato com a realidade, mas toda a forma de estudo é importante para evoluirmos. Aproveite.
Começaremos a postar assuntos relacionados a negócios, tecnologia, relações humanos e tudo mais que nos interesse para desenvolver nosso conhecimento e que também nos divirta. Afinal, somos todos necessitados de conhecimento e entretenimento. Desta forma, sintam-se à vontade para enviar suas considerações, matérias, ideias e tudo mais que possa ser lido, discutido e utilizado em nossas vidas.
Abaixo uma reportagem que saiu no Jornal do Comércio, 08/03/2010, que fala sobre um dos assuntos que me interessa, Consumidores de Baixa Renda.
Pesquisa mostra perfil dos clientes do Camelódromo Marcelo Beledeli
Investigar o poder de compra e decisão das classes C e D, categorias ainda pouco exploradas no mercado gaúcho, foi o objetivo de uma pesquisa sobre o perfil dos consumidores que frequentam o Shopping do Porto, conhecido como Camelódromo de Porto Alegre. O estudo, empreendido pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Cepa-Ufrgs) e pela consultoria empresarial Praxis Consulting, indica que, na Capital gaúcha, as classes mais baixas possuem clientes informados, com vontade de consumir, mas que buscam preços e condições especiais.
De acordo com a pesquisa, 63% dos 697 entrevistados possuíam uma renda mensal até R$ 920,00. No entanto, é uma classe altamente inserida no sistema bancário, pois 67,4% possuem conta em banco. Além disso, 41,8% dos frequentadores do centro de compras utilizam cartão de crédito. Destes, 68,2% adquiriram o cartão nos últimos 12 meses. “Isso tudo demonstra que esse é um público de grande potencial, que entende que tem poder de compra e que passou a lidar melhor com seu dinheiro nos últimos anos”, afirma o pesquisador Alexandre Damas.
Em relação às compras realizadas no camelódromo, os artigos mais procurados são os vestuários do dia-a-dia, citados por 49,8% dos entrevistados. O estudo aponta que 57,3% dos frequentadores afirmaram que gastam entre R$ 50,00 e R$ 150,00. Segundo Damas, o levantamento revela que os consumidores do centro de compras popular estão buscando acessar produtos e serviços novos, antes exclusividade das classes mais altas. “Há 15 anos o grande sonho de consumo do brasileiro era o carro. Mas, na pesquisa, vemos que a casa já supera o automóvel, e aparecem outros itens, como faculdade, viagens, casa na praia, itens que sequer eram citados antes”, destaca.
Para o pesquisador, o cliente das classes C, D e E, que no Brasil acumulam cerca de R$ 500 bilhões em poder de compra, está informado e tem interesse nos produtos de qualidade superior que são ofertados para consumidores de faixas mais elevadas. No entanto, ele quer condições especiais para adquirir esse produto de maior status. De acordo com o gerente do Shopping do Porto, Noedi Casagrande, os frequentadores do centro de compras fazem parte de uma faixa de consumo que precisa ser melhor aproveitada pelas empresas.